sábado, 16 de fevereiro de 2013

O impacto das redes de relacionamento nas velhas gestões do trabalho.


As novas tecnologias criaram um novo paradigma nas relações interpessoais. As redes sociais que cada vez mais as pessoas perdem o seus corpos físicos e viram Nicks, hoje é bastante comum a todos os inseridos tecnologicamente ter amigos “virtuais” que sabem de suas vidas e se falam mais que seus vizinhos. Vejo garotos jogar gemes com gente de todas as partes do mundo e abrir caminhos para o aprendizado de novas línguas, pois vivemos a primeira geração de pessoas que romperam com o ensinamento de pai para filho.

Uma visão que marcou está minha reflexão foi uma propaganda do banco Itau onde uma criança de aproximadamente 3 anos de idade desce de uma escada e com um simples toque em um botão resolve todos os problemas de seus pais diante do computador, e diz está frase iluminada “não sei o que seria de vocês sem mim!”, invertendo assim todas as relações de valores.

Essa revolução muda quase que na totalidade as bases sociais e as relações no mundo em que vivemos, mas como toda mudança o seu preço, exemplo disso é a revolução que mudou o mundo de feudalismo para o capitalismo. De uma forma gradual e com muita resistência das mentalidades conservadoras, as mudanças tecnológicas não poderiam ser diferentes. Hoje, gerações estão sendo jogados para o analfabetismo tecnológico que é uma nova forma de marginalização da condição humana. Segundo Habermas em sua reconstrução da teoria marxista, ele cria á teoria da comunicação, onde o homem pós moderno é essencialmente linguagem e comunicação. Analisando também outros impactos destas mudanças na sociedade pós-industrial, vemos que o conhecimento do mundo dobrou de tamanho, que profissões como: bancários, metalúrgicos.. foram praticamente extintas diante das maquinas, assim como os ferreiros do feudalismo sumiram e os cavalos foram substituídos pelo automóvel.

Diante de tudo que foi posto, como requalificar as pessoas e refundar um novo pacto social tendo a integração dos seres com as novas tecnologias e por consequência novos instrumentos de cultura e inclusão? E como democratizar a informação se este é um papel do poder público em parcerias com as sociedades civis organizadas e “desorganizadas” segundos os novos conceitos da internet? É bem verdade que há várias iniciativas federias que atendem tais questões, mas precisamos buscar novas respostas para o problema.

Pensando assim foi que o prefeito Cirilo Pimenta trabalha hoje para tornar a nossa Quixeramobim em uma Cidade Digital. Mas como a Cultura e a Educação podem servir de instrumentos para quebrar as resistências às novas tecnologias? Como as redes sociais vencerão a velha mentalidade de gestão dos serviços públicos e fabril que as redes de relacionamentos são instrumentos de mera distração restringindo sua utilização negando assim este instrumento como ferramenta de comunicação interpessoal? Sem contar com uma forte plataforma de publicização, democratização e de transparência das ações de programas tanto do município como das empresas, fábricas e industrias. É preciso repensar estes conceitos rumo a modernidade, esta lançado este debate para reflexão!

Por Aécio Vieira de Holanda, Secretário ADJ DE Cultura e Turismo de Quixeramobim, para o Blog da Grão novo.

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