quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Pesquisa feita pelo IPEA aponta que nordestino é o mais feliz do Brasil


Pesquisa foi feita pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Entre 147 países estudados, o Brasil ficou em 16º lugar.

Alessandro TorresFortaleza
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A felicidade do nordestino se destacou em uma pesquisa internacional. Entre 147 países estudados, o Brasil ficou em 16º lugar. Entre as cinco regiões, o Nordeste foi a de maior pontuação em uma escala de zero a dez – 7,8.
Os moradores do Sudeste são os que se consideram menos felizes – 6,68. O levantamento apontou também que quem ganha acima de dez salários mínimos se julga mais feliz (8,36) do que as pessoas que vivem com um salário mínimo (6,53).
RANKING DAS REGIÕES
1º - Nordeste
2º - Centro-Oeste
3º - Sul
4º - Norte
5º - Sudeste
Se o Nordeste fosse um país, estaria classificado na pesquisa em 9º no ranking global da felicidade, entre dois dos países mais desenvolvidos do mundo: a Finlândia e a Bélgica. A pesquisa constata que quem tem mais dinheiro se considera mais feliz. Contudo, no nosso caso, revelou também que riqueza não é o único fator de felicidade.
Com ou sem dinheiro, o nordestino tem uma característica peculiar: o bom humor. “É essa ideia, basicamente, de não levar as coisas tão a sério. Acho que é uma linguagem universal, todo mundo tem que muito a aprender com isso”, diz o professor universitário Márcio Acserlrad.

VAMOS DEIXAR DE TER CHEFES NO FUTURO?

O FILÓSOFO MÁRIO CORTELLA EXPLICA PORQUE LIDERANÇA NÃO É UM CARGO, MAS UMA FUNÇÃO

Mario Sérgio Cortella - Filósofo (Foto: Marcos Camargo)
Questionar quem deve ser o chefe é como discutir quem deve ser o saxofonista num quarteto: evidentemente, quem o sabe tocar. Há alguns anos, a frase de Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, faria mais sentido ao descrever o que é um chefe. Mas as empresas que já adotaram novos modelos de gestão acreditam que o lugar do saxofonista nessa orquestra deve ser ocupado pelo líder e não pelo chefe. Liderança não é um cargo, é uma função. “Concretamente, liderança é uma atitude. É a atitude de inspirar e motivar ideias, pessoas e projetos. Por isso, não sendo a liderança um cargo, mas uma função, ela é circunstancial. Isto é, ela tem de ser oferecida a quem domina mais um determinado projeto naquela circunstância”, afirma o filósofo e educador Mário Sérgio Cortella. Na avaliação dele, mesmo que haja um líder, é também preciso haver um chefe, uma pessoa acima na hierarquia.
Viemos de uma tradição escravocrata, com a percepção do capataz. As pessoas faziam o que era ordenado. Por que algumas empresas ainda apostam nesse tipo de gestão? 
Por ser um modelo de pressão contínua, traz resultados mais imediatos. Mas ela bloqueia uma maior capacidade de perenidade e sucesso. Essa gestão produz um alto rendimento imediato como em uma corrida de obstáculos de 100 metros. Só que para ser maratonista é preciso saber equilibrar e harmonizar os movimentos de intensa pressão com outros de pensamento estratégico.
Mas tem funcionário que consegue agir só sob pressão...
Sob pressão todos agimos, o que não pode é que esse seja o único mecanismo de atuação. A ideia de ter algo para fazer com data marcada pressiona, assim como metas. Mas pressão é diferente de esgotamento. É diferente de exaurimento das forças da pessoa em um único campo.
Qual seria o limite da pressão no dia a dia?
É aquele que leve as pessoas a conseguirem estar cansadas, mas não estressadas. O cansaço resulta de um esforço intenso. O estresse resulta de um esforço desmedido. O cansaço se cura com o descanso. O estresse só se cura com uma mudança de objetivos.
Como então devem agir os gestores?
Eles precisam acolher a diversidade e os diferentes modos de pensar. Formar equipes que sejam multidisciplinares e multitarefas para dar maior vigor à competência dentro daquele grupo. Há 20 anos, um gestor diria: “O pessoal que trabalha comigo é muito bom, todo mundo pensa igual”. Essa frase hoje traz um risco altíssimo, porque ela impossibilita o aumento do leque de soluções de uma empresa. Por isso, o gestor hoje é aquele que tem flexibilidade. Ser flexível, porém, é diferente de ser volúvel. Volúvel é aquele que pensa a partir do vento que bate, enquanto flexível é aquele que é capaz de alterar os pontos de vista. Também é importante a percepção de que só é um bom “ensinante” quem for um bom “aprendente”. Por isso, o gestor também precisa estar atento àqueles que estão abaixo na hierarquia. O fato de alguém estar hierarquicamente em um patamar menor não demonstra incapacidade.
The Office Chefe Gestão Chefia  (Foto: Dviulgação)
Muitos especialistas acreditam que no futuro possa existir até a extinção do chefe. Cada vez mais se deseja que o chefe seja um líder. E liderança não é um cargo, é uma função. Liderança não é algo na hierarquia. O que está colocado na hierarquia é a chefia, embora alguns coloquem também a liderança como um título. Concretamente, liderança é uma atitude. É a atitude de inspirar e motivar ideias, pessoas e projetos. Por isso, não sendo liderança um cargo, mas uma função, ela é circunstancial. Isso é, ela tem de ser oferecida a quem domina mais um determinado projeto naquela circunstância. O que não retira a responsabilidade de quem está na chefia. Ou seja, não é porque se partilha momentos de liderança que aquele que está acima na hierarquia irá anular a sua responsabilidade. Ao contrário, ela persiste. O que se alterará é quem está no comando naquela circunstância. 
Então sempre teremos a necessidade de ter um responsável? 
Sim, mesmo que essa responsabilidade possa ser móvel. Você pode não ter uma estrutura verticalizada e sim, uma base horizontal. Mas ainda assim, mesmo em um determinado momento, alguém está no comando. Vale para uma cozinha, para um centro cirúrgico, para um navio. O que muda nessa perspectiva não é a inexistência de uma liderança, mas um modo diverso de se constituir essa liderança.
Prédio da Unilever em Londres (Foto: Reprodução Internet)

Temos exemplos de empresas que conseguem fazer isso?
As que estão ligadas ao mundo das plataformas digitais. Embora tenham os seus fundadores, elas conseguem atuar desse modo por serem novas no campo da criatividade. Algumas outras estão avançando nessa direção, trabalhando inclusive com times autogerenciados, como a Unilever, a Basf, a Serasa Experian. Não é à toa que a Serasa entra sucessivamente na lista das Melhores Empresas para se Trabalhar, porque as pessoas se sentem valorizadas com esse tipo de gestão.
Como são feitos esses autogerenciamentos?
Eles eliminaram passos dentro da hierarquia e passaram a organizar a gestão por projetos. Portanto, está na direção do projeto aquele que tem maior habilidade e competência. Também alteraram a maneira de obtenção de resultados. Não é mais movida exclusivamente pela urgência, mas por uma visão estratégica. Isso levou algumas organizações a fazerem algo que parecia estapafúrdio há alguns anos, que é aumentar a contratação de pessoas com mais de 50 anos. As novas gerações, que são extremamente competentes em relação a senso de urgência, mobilidade, instantaneidade e simultaneidade, não têm algo que faz parte da formação de alguém com mais de 50 anos, que é paciência. Paciência estratégica, paciência de maturação, paciência para aguardar uma ocasião que seja mais propícia. Lembrando que paciência não é lerdeza. Paciência é uma percepção de sabedoria em relação ao momento correto para algo. Isto é, paciência é aquilo que não confunde pressa com velocidade. Fazer apressadamente não é fazer velozmente. Pessoas com mais de 50 anos estavam fora do mercado de trabalho, hoje várias empresas têm trazido essas pessoas porque agregam o valor necessário ao senso de urgência que a geração Y carrega.
Como o gestor pode deixar harmonizada uma equipe com tanta diversidade? 
Harmonia não é monotonia. Uma orquestra é o melhor exemplo. Ela tem instrumentos que pareceriam dissonantes. De um lado você tem um instrumento de corda, que é um violino, do outro uma flauta doce e um trompete, e de outro um surdo e um bumbo. Qual é a tarefa do maestro? Harmonizar. Não há necessidade de agradar todas as pessoas. Às vezes, sei que preciso fazer coisas que não agradam a todas as pessoas. Mas estão no âmbito da minha responsabilidade. A finalidade não é ser simpático, é ser respeitoso e eficiente. Se agregarmos simpatia a tudo isso, ainda melhor. Eu não quero ter um médico bonzinho, quero um médico que seja bom. Porque o bonzinho me agrada, mas não cumpre a tarefa dele. Aquele que é de fato um bom gestor, vai ter de dizer o que precisa realmente ser feito, não bater nas minhas costas.
Como os gestores podem então construir esses times com diversidade?
São dois grandes critérios: diversidade de formação para aumentar o leque de habilidades e diversidade de experiência, porque nem sempre a formação equivale a uma experiência diversa. A experiência não está ligada à idade, ela é um dos fatores. É também avaliada pela intensidade de prática. Uma pessoa é mais experiente quanto mais é intensa a prática dela naquela atividade e por isso posso ter um homem de 65 anos e um menino de 20 anos com experiências diferentes, mas que vão, dentro do princípio da orquestra, em busca de algo que ofereça a sinfonia a partir desse universo. Isso um gestor precisa ter sempre em mente. Ter diversidade de formação e de experiência.
E os estrangeiros na equipe, também ajudam?
Com certeza ajudam. O estrangeiro não é o que veio só de outro país, mas o que veio de outra empresa. Porque ele tem uma outra cultura e esse contato com outras culturas, sejam elas nacionais ou empresariais, aumenta a capacidade de ação. Alguém que tenha uma cultura europeia ou asiática, que tenha outro olhar ou percepção, ajuda imensamente. Vamos ter cada vez mais. Já o tivemos, porque somos uma nação de estrangeiros. A ideia de brasileiro mesmo não tem 150 anos. Agora estamos notando a importância de haver uma mescla.
Como as empresas que ainda não tem esse tipo de gestão podem começar a implantar?
É preciso alterar a mentalidade do gestor. Pode-se até fazer algo que é mais complexo, mas não é impossível, que é alterar a mentalidade do acionista. Há muitas organizações em que o acionista, ao desejar apenas a renda imediata, esgota a condição de produção da organização. Ele não tem paciência para maturar os resultados. Esse novo modelo de gestão não é moda, é o modo de fazer. É preciso formar a cultura da empresa para se adequar a isso. Esse novo modo de fazer precisa alterar o paradigma conjunto, de toda a organização.
Na prática, como acontece a mudança ou a implantação de uma cultura?
Na prática uma cultura se forma a partir da prática. Não basta falar sobre uma cultura para que ela se altere. Uma cultura se altera quando se alteram os modos de fazê-la. Por exemplo, nós hoje no Brasil temos a cultura do uso do cinto de segurança. Quando a legislação sobre isso apareceu em meados dos anos 1990, quem não usasse cinto era multado. Havia pessoas que forjavam o uso do cinto, usando um cinto falso. Hoje, a quase totalidade de quem entra no carro e coloca o cinto nem lembra da multa. Como se constituiu essa cultura do uso do cinto? Por pressão. No caso, pressão pecuniária [dinheiro]. Há outro modo de fazê-lo, que é pelo convencimento. Outro exemplo: os motoristas e pedestres em Brasília, Porto Alegre e agora em São Paulo estão entrando em harmonia em relação à faixa de segurança quando não há semáforo. Num primeiro momento, não há multa em relação a isso para nenhum dos lados. O que há é uma educação, um alerta. Hoje é um absurdo se você em Brasília ou em Porto Alegre queimar a faixa quando não há semáforo se houver pedestre. Isso se incorporou. Portanto a cultura muda na prática. Não é um processo veloz. É um processo que é mais lento, porque mudar a cultura é mudar o modo como as pessoas se referenciam para fazer o que fazem.
Qual é a melhor forma de reconhecer um funcionário? A meritocracia continua sendo um bom modelo? 
É uma das formas de fazer, mas não é a única. A meritocracia pode trazer uma ideia de obsessão por resultados que estilhaça o espírito de equipe. Não é que o mérito não deve vir à tona, pelo contrário, ele precisa vir. Não se pode tratar igualmente aqueles que são desiguais em termos de capacidade e reconhecimento. Mas também não se pode implantar um único caminho em relação ao modo de conduta do coletivo, porque a obsessão por resultado que foca apenas no mérito do indivíduo tira a força daquilo que seria uma equipe. A empresa precisa observar o quanto a meritocracia faz avançar a justiça em relação a essa convivência sem ameaçar a capacidade do grupo continuar como um grupo. Porque do contrário, o risco é de se implantar uma guerra civil. E guerra civil não tem vencedor, só tem sobrevivente.
Entrevista de emprego Carreira Executivo Executiva Mulher Competição (Foto: Shutterstock)

A mulher ainda tem dificuldades para gerir? 
Essa questão do feminino dentro do mundo do trabalho, como algo que precisa ser lidado, é algo que veio na segunda metade do século 20. Claro que isso trouxe uma encrenca. Meus avós, por exemplo, tinham o auxílio dos pais deles para cuidar dos filhos. Nós nos afastamos muito dos parentes imediatos. Então o cuidado com a prole se tornou algo terceirizado. Não havia essa terceirização há 50 anos. Quem cuidava era a mãe dessa mulher, a tia solteira. Ficava no reduto familiar. A própria família desfragmentou e está distante. O que trouxe uma questão séria. Os jovens com menos de 30 anos não têm muita clareza de limites. Porque esses limites vinham basicamente na casa dos avós. A ideia é que na casa da avó podia tudo menos o que ela proibia. Essa articulação oferecia limites até em relação à lata de biscoito.
Os pais precisam voltar a impor limites, então? 
Sim. Afrouxamos e isso foi um descuido. E sei disso porque também atuo na área de Educação escolar, fui Secretário de Educação na cidade de São Paulo. É algo muito sério. As empresas também precisam pensar nisso. Elas estão soterrando as pessoas com trabalho fora do ambiente corporativo com as tecnologias digitais. Mesmo quando fora do território da companhia, a pessoa continua “ocupada” com o celular, por exemplo, e isso restringe o tempo de convivência com a família. As novas gerações podem ser geniais em várias coisas, mas carecem de limites em relação ao modo de referência, à percepção, especialmente porque quando entrarem no mundo do trabalho terão dificuldades de relacionamento.

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

  Personal organizer: conheça essa nova profissão


Terça-feira, 21 de Agosto de 2012
                   O profissional desenvolve habilidades para organizar ambientes em geral




A casa está uma bagunça, ninguém encontra nada e até o cachorro sumiu! Muitos lares e até mesmo empresas sofrem com falta de organização, por mais que se tente arrumar, às vezes falta tempo ou conhecimento para conseguir manter tudo no lugar. Uma nova profissão que está chegando ao mercado brasileiro promete ser a solução para esse problema tão comum: personal organizer.
Ao pé da letra, o termo quer dizer “profissional da organização”. Mais do que uma faxineira, ou uma empregada doméstica, a personal organizer é uma consultora que, após cursos e treinamentos específicos, desenvolve a habilidade de enxergar caminhos e formas não só de arrumar, mas também de conservar a organização.
O trabalho, que também pode ser executado por homens, tem 98% de presença feminina. Elas oferecem consultoria a casas, escritórios e empresas, auxiliando na organização do ambiente e propondo melhorias.
“A profissão de personal organizer vem tomando mais corpo nos últimos dois anos. Temos sentido aumento do interesse em conhecer mais sobre essa nova ocupação”, diz José Luiz Cunha, fundador do portal Organize sua Vida.
Ele explica que da mesma forma que uma decoradora é perita em saber onde estão os fornecedores e tem o conhecimento para combinar cores e objetos, a personal organizer é especialista em entender o problema de organização do espaço em questão e dá opções de aprimoramento. “Ela sabe quais produtos podem ser utilizados, dá ferramentas para o ambiente, além de fazer a aplicação das soluções ela mesma. A profissional cria um sistema de inteligência que se mantém arrumado”, diz Cunha.
A procura por esse tipo de emprego surge de pessoas que querem uma segunda fonte de renda, um negócio próprio e que já têm interesse por tema. “Muitas donas de casa, que já trabalharam em outra coisa, mas agora querem ser donas do próprio nariz, viram nessa área a possibilidade de crescer. São mulheres entre 35 e 60 anos”, afirma o CEO.
Quem contrata o serviço normalmente são empresas ou pessoas que não têm tempo ou disciplina para pensar em um sistema de organização sozinhos. “As pessoas não têm ideia de onde começar, aí surge a necessidade de alguém especializado no assunto”, explica.
Cunha conta que os Estados Unidos são referência na área. A indústria de organização americana conta até com uma associação própria, que reúne mais de 4000 profissionais e empresas prestadoras de serviço.
A remuneração varia, pois depende de modelos de cobrança que podem ser feitos por hora, ambiente (conforme o tamanho), orçamento ou por dia. O salário também está sujeito a mudanças conforme a clientela, especialização (tipo de organização) e tempo disponível. Mas Cunha afirma que é possível cobrar de R$50 a R$150 por hora.
Ele dá três dicas de organização para você que quer começar já dentro de casa:
“São três etapas:
Consolidação: Olhar tudo o que você tem, separar o que não usa mais, o que não precisa e não deveria estar lá e jogar fora. Algumas coisas podem ir para doação, outras podem servir para outros ambientes ou até mesmo familiares.
Categorização: Criar um sistema para classificar, dando nomes às áreas e etiquetando. Por exemplo: essa parte da prateleira é para temperos. Essa gaveta é para documentos pessoais.
Definição: Estruturar uma forma de designação para cada objeto. Tudo tem o seu lugar”
Marina Finco

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Dicas do Guru de como manter uma equipe motivada?

Revista Exame publica: Como manter uma equipe motivada? Para o especialista em gestão, Vicente Falconi, a resposta está nas premissas do psicólogo americano, Abraham Maslow.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Os dez mandamentos do e-mail. Medo de mensagens mal interpretadas, contaminação da marca e perda de produtividade fazem empresas seguirem regras para a conversa on-line.





A escrita não produz o mesmo efeito da fala. A afirmação, óbvia, parece ignorada por pessoas cada vez mais conectadas o tempo todo, por tablets, smartphones ou computadores. A comunicação escrita parece ter tomado a dianteira em várias frentes antes dominadas pela fala. Essa prevalência fica clara na preferência crescente por e-mails, torpedos, chats, tuítes, comentários e posts como forma de expressão e comunicação.

Pesquisa da Pew Global, de 2011, mostra que 92% dos internautas usam o e-mail como principal ferramenta de comunicação, mais que smartphones e redes sociais. Mas, na era da web 2.0, da conexão móvel, constante e com alta interatividade, avança também o outro extremo, de internautas que capengam ao escrever um e-mail eficiente. Começando por aqueles na dianteira da web 2.0.

O uso indevido de abreviações, formalidades ora excessivas ora inexistentes, o equívoco de linguagem e tratamento, a falta de objetividade e assertividade são ruídos corriqueiros na comunicação eletrônica.

Segundo Ruy Leal, superintendente do Instituto Via de Acesso, que prepara e insere jovens no mercado de trabalho, 90% da comunicação feita e recebida pelas entidades privadas hoje é via e-mail.

- Isso é uma arma que o colaborador tem na mão. Se não estiver muito bem orientado e preparado, pode escrever absurdos em seus e-mails - alerta.

Munido de um e-mail corporativo, qualquer um pode falar em nome da organização. Leal sabe que rispidez, ironias e brincadeiras mal interpretadas geram desentendimentos por conta da linguagem que se pretende distante e próxima ao mesmo tempo. Por isso, os especialistas e as empresas tentam sistematizar as regras que regem a comunicação por e-mail.

Linguagem

A apreensão tem levado empresas a consultores que capacitem funcionários a redigir e-mails não só sem deslizes na língua portuguesa, mas eficientes e adequados à comunicação profissional. Coach executiva e educadora corporativa da Atingir Coaching e Treinamento, Regina Gianetti Dias Pereira se especializou em oferecer cursos de comunicação empresarial, e diz que treinamentos para mensagens eletrônicas são cada vez mais pedidos.

- E-mails mal escritos, confusos, pouco claros, feitos sem consistência, geram mal-entendidos, perdas de negócios, tempo e, especialmente, produtividade - observa.

A primeira lição é que dominar a tecnologia não significa domínio do uso da linguagem. Daí a falsa impressão de que pessoas conectadas e integradas tecnologicamente se comunicam via internet com mais propriedade, quando na verdade uma habilidade independe da outra. O que faz diferença são alguns cuidados de adequação da linguagem para o contexto da comunicação.

Regina conta o caso de uma instituição que gerencia pensões e aposentadorias e que possui cadastrados milhares de pensionistas. Segundo ela, a administração enviou um e-mail sobre uma mudança que seria feita nos pagamentos.

- Era para ser algo simples, mas foi escrito de uma maneira tão confusa que ocorreu um colapso na central de atendimento da empresa, porque ninguém entendeu a mensagem, terminou se assustando e teve de ligar - relata.

Contra esse tipo de situação, Língua apresenta a seguir dez dicas para quem quer escrever um e-mail claro, conciso, adequado e, acima de tudo, eficiente.

Quando usar

O e-mail não é o melhor meio de comunicação em todas as situações. A coach executiva Regina Gianetti aconselha que o correio eletrônico seja escolhido só quando não é necessário que o destinatário esteja
disponível naquele momento, e a resposta não seja esperada com urgência. Se o conteúdo precisa ficar documentado, também é um meio ideal.

- Quando o assunto é emocionalmente delicado, não se deve usar o e-mail, porque pode haver má interpretação - afirma.

O problema, segundo ela, é que as pessoas têm usado essa ferramenta como muleta para não se comprometer, passando a responsabilidade para o destinatário com um simples clique no botão "enviar".

Para assuntos mais pontuais e urgentes, é melhor optar por mensagens instantâneas, como Skype, torpedos, Messenger, Twitter e WhatsApp.

O esquecimento da identificação

Um grande vício de quem se acostumou a usar a internet a partir de chats e outros sistemas de mensagem instantânea é esquecer de identificar-se ao escrever um e-mail, tanto no início do contato quanto no fim, ao deixar de assiná-lo. Ruy Leal, do Instituto Via de Acesso, considera isso um dos maiores problemas dos jovens que desejam ingressar no mercado de trabalho.

- Já recebi e-mails sem assinatura pedindo um estágio. Eles têm coragem de usar um endereçamento de e-mail que não tem a ver com o meio corporativo, do tipo ''luluzinha17@...'', para pedir um emprego - diz.

É vital assinar um e-mail e, em um primeiro contato, não esquecer de explicar no início quem você é. Mesmo que não seja pedido, confirme o recebimento da mensagem, até quando não tiver resposta completa no momento. Um "ok" ou "recebido" mostra disposição.

O cuidado com as saudações

O e-mail é uma situação de comunicação, e precisamos saudar as pessoas quando nos dirigimos a elas. No início de um e-mail, "olá" e "bom dia" são cordiais, sem serem informais demais, explica Regina. "Prezado" é extremamente formal e, se não for um caso de rígida impessoalidade, é exagerado. A regra, segundo a especialista, é que, se existe uma troca de e-mails com certa regularidade no dia, o primeiro deve contar a saudação, que pode ser dispensada nas outras mensagens.

Os cumprimentos de despedida são igualmente importantes, e não são substituíveis por uma assinatura eletrônica. Mas Regina alerta: "Atenciosamente" é abreviada de forma incorreta no Brasil como "att.", quando deveria ser "atte.".

- "Att." foi importado do inglês e faz referência à expressão in attention to, que é usada só no começo de um e-mail - explica.

"Cordialmente" é considerado também exageradamente polido, a ser usado em casos específicos. A sugestão de Regina é que, ao escrever a mensagem, pensemos na maneira como saudaria a pessoa se a encontrássemos frente a frente, e adequemos os termos a isso.

Atenção ao assunto

O campo do assunto deve refletir o conteúdo da mensagem.

- Muitos não têm essa noção. Você tem de chamar a atenção da pessoa na caixa de entrada, porque ela recebe vários e-mails por dia e vai determinar o grau de urgência de cada um ao olhar para os assuntos - conta Regina, que diz receber por vezes e-mails em que o remetente coloca, no campo do assunto, o nome da empresa em que trabalha.

Uma dica é escolher palavras-chave que resumam o conteúdo do e-mail em cerca de três a quatro palavras. Em vez de "Segue relatório de vendas referente ao ano de 2012", por exemplo, é melhor: "Relatório vendas 2012".

No entanto, é preciso ser específico e fugir de generalidades que pouco esclarecem sobre a mensagem, como apenas "Relatório".

A falta de objetividade

Ruy Leal observa que um sério problema dos e-mails trocados atualmente é o risco de gerar desentendimentos por serem confusos. Por isso, dá a dica:

- Coloque-se no lugar da pessoa que está do outro lado. Ela entenderia a mensagem? - questiona o consultor.

A experiência com cursos sobre e-mail para empresas fez com que Regina concluísse que o maior desafio do brasileiro com essa ferramenta é conseguir ser objetivo.

- Por uma questão cultural, damos voltas para falar as coisas em vez de ir direto ao ponto - diz Regina.

É recorrente, ela explica, que as pessoas comecem explicando o que querem dizer antes de, de fato, comunicar o assunto principal da mensagem, quanto deveria ser o contrário.

- Se eu vou dizer por que o relatório não está pronto, é comum querer explicar tudo o que aconteceu para ele não estar pronto para então, no fim, dizer "Então, o relatório não está pronto".

Isso acontece, segundo Ruy, porque muitas pessoas não sabem como estruturar um texto.

- Não sabem começar, avançar e terminar de forma compreensível pelo receptor.

O calibre da formalidade

É fundamental compreender as regras do ambiente de trabalho para saber que tom se pode adotar com o interlocutor. Alguns escritórios exigem mais ou menos polidez no tratamento. Regina observa que existem dois tipos de profissionais trabalhando juntos hoje: os mais velhos, que vêm do que ela chama de "a era da circular", em que toda a comunicação se concentrava nas mãos das secretárias e eram muito mais formais, e aqueles mais jovens, acostumados com a informalidade das mensagens instantâneas.

A linguagem do e-mail deveria transitar entre esses dois mundos, sem exagerar com uma comunicação impessoal, mas obedecer à norma culta de uma maneira cordial, descontraída, como se falaria em geral por telefone ou pessoalmente. Um cuidado importante é não exagerar na formalidade a ponto de a mensagem soar ríspida demais, o que pode causar ruído na comunicação.

A aversão a maiúsculas

O uso de caixa alta em todo o texto é tão proibido que, para Regina, constitui uma verdadeira gafe. Escrever em maiúsculas significa, na linguagem da internet, gritar com alguém. Por isso é algo realmente a ser evitado, especialmente em mensagens de trabalho, pois é visto como falta de educação e de consideração do remetente, além de não ser uma postura profissional adequada.

A adequação do tamanho

Não há regras quando o assunto é o tamanho que um e-mail deve ter, mas a experiência mostra que e-mails longos, em geral, não são lidos. E, se são lidos, não são compreendidos em sua integridade.
- Um e-mail longo é desinteressante. A pessoa precisa ter o poder de concisão para falar o máximo possível em poucas palavras, e isso é implícito à linguagem digital - afirma o professor Luiz Castro.

Regina sugere que as mensagens tentem girar em torno de três a quatro parágrafos, no máximo.

- Se você começa a ver que o e-mail vai ficar longo demais, deve parar e se questionar se não deve ligar para a pessoa ou fazer uma reunião. Perde-se muito tempo com e-mails grandes. São complexos de responder e podem ser mal interpretados - diz.

Deve-se evitar dizer em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas.

O uso de abreviações

Abreviar palavras deve ser evitado, embora não seja proibido e, ocasionalmente, possa ser usado nos e-mails profissionais, especialmente nas saudações. A economia de tempo ao encurtar as palavras é pouca, e a mensagem pode tender a uma informalidade excessiva.

Luiz Castro, professor da rede estadual de ensino de Pernambuco, mestre em linguística e pesquisador da UFPE no campo da comunicação digital, realizou um estudo sobre os tipos de risos existentes no internetês, desde os mais escandalosos, como o "kkk" e o "huahuahua", passando pelo "hahaha" até o "rs", abreviatura de "risos" que, segundo ele, é o mais aceitável em uma troca de e-mails profissionais. Ele sugere que a pessoa escolha poucas palavras para abreviar, e não use esses atalhos o tempo todo.

A necessidade de revisão

Um texto de correio eletrônico deve ser simples, mas não descuidado. Exige releitura e atenção para acertar o tom da mensagem. O vocabulário deve fazer parte da linguagem usual, sem expressões rebuscadas que tornem a mensagem complicada. Mas é preciso estar atento à repetição exaustiva de termos, abreviações apressadas e construções truncadas.

Revise as palavras, para detectar as mal colocadas; repasse os destinatários, principalmente se a mensagem pode ser reenviada a muitos deles; evite comentários agressivos, pois a mensagem enviada se torna pública.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O impacto das redes de relacionamento nas velhas gestões do trabalho.


As novas tecnologias criaram um novo paradigma nas relações interpessoais. As redes sociais que cada vez mais as pessoas perdem o seus corpos físicos e viram Nicks, hoje é bastante comum a todos os inseridos tecnologicamente ter amigos “virtuais” que sabem de suas vidas e se falam mais que seus vizinhos. Vejo garotos jogar gemes com gente de todas as partes do mundo e abrir caminhos para o aprendizado de novas línguas, pois vivemos a primeira geração de pessoas que romperam com o ensinamento de pai para filho.

Uma visão que marcou está minha reflexão foi uma propaganda do banco Itau onde uma criança de aproximadamente 3 anos de idade desce de uma escada e com um simples toque em um botão resolve todos os problemas de seus pais diante do computador, e diz está frase iluminada “não sei o que seria de vocês sem mim!”, invertendo assim todas as relações de valores.

Essa revolução muda quase que na totalidade as bases sociais e as relações no mundo em que vivemos, mas como toda mudança o seu preço, exemplo disso é a revolução que mudou o mundo de feudalismo para o capitalismo. De uma forma gradual e com muita resistência das mentalidades conservadoras, as mudanças tecnológicas não poderiam ser diferentes. Hoje, gerações estão sendo jogados para o analfabetismo tecnológico que é uma nova forma de marginalização da condição humana. Segundo Habermas em sua reconstrução da teoria marxista, ele cria á teoria da comunicação, onde o homem pós moderno é essencialmente linguagem e comunicação. Analisando também outros impactos destas mudanças na sociedade pós-industrial, vemos que o conhecimento do mundo dobrou de tamanho, que profissões como: bancários, metalúrgicos.. foram praticamente extintas diante das maquinas, assim como os ferreiros do feudalismo sumiram e os cavalos foram substituídos pelo automóvel.

Diante de tudo que foi posto, como requalificar as pessoas e refundar um novo pacto social tendo a integração dos seres com as novas tecnologias e por consequência novos instrumentos de cultura e inclusão? E como democratizar a informação se este é um papel do poder público em parcerias com as sociedades civis organizadas e “desorganizadas” segundos os novos conceitos da internet? É bem verdade que há várias iniciativas federias que atendem tais questões, mas precisamos buscar novas respostas para o problema.

Pensando assim foi que o prefeito Cirilo Pimenta trabalha hoje para tornar a nossa Quixeramobim em uma Cidade Digital. Mas como a Cultura e a Educação podem servir de instrumentos para quebrar as resistências às novas tecnologias? Como as redes sociais vencerão a velha mentalidade de gestão dos serviços públicos e fabril que as redes de relacionamentos são instrumentos de mera distração restringindo sua utilização negando assim este instrumento como ferramenta de comunicação interpessoal? Sem contar com uma forte plataforma de publicização, democratização e de transparência das ações de programas tanto do município como das empresas, fábricas e industrias. É preciso repensar estes conceitos rumo a modernidade, esta lançado este debate para reflexão!

Por Aécio Vieira de Holanda, Secretário ADJ DE Cultura e Turismo de Quixeramobim, para o Blog da Grão novo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Aceitação ao invés da resistência: Encontre paz interior surfando os abalos da vida.


A vida não é uma linha reta em direção a tudo quanto desejamos e nos faz sentir bem. Por vezes, é como uma estrada bem sinuosa, cheia de buracos, obstáculos e imponderáveis. Inevitavelmente as dificuldades que enfrentamos ao longo da vida causam-nos dissabores, e com isso dor emocional. No extremo mais adverso, ficamos deprimidos, desesperançados e ressentidos, retirando-nos paz de espírito. Quando surgem situações difíceis na nossa vida que geram perda de algo ou de alguém, compreender e aceitar a inevitabilidade da situação é um passo importante a ser dado para surfar equilibradamente o turbilhão de problemas associados ao acontecimento negativo. Por vezes, ser humano é uma tarefa árdua que nos coloca à prova. A exigência emocional de alguns acontecimentos traumáticos e angustiantes desafiam a nossa capacidade de adaptação e aceitação.

A aceitação não tem a ver com baixar os braços perante os acontecimentos, ou passivamente continuar a levar a vida em frente como se nada de terrível tivesse acontecido. Nada disso. A aceitação deve ser compreendida como o encarar a realidade dos fatos, tal como eles acontecem e são impostos pela condição da vida humana. É igualmente importante ganhar a noção que desejar uma vida completamente estável, sem mudanças e imponderáveis, sem desafios e experiências significativas, é a antítese da própria vida. Este tipo de perspetiva mina os esforços para obtenção de equilíbrio emocional. E, o equilíbrio emocional advém de saber experienciar o impacto das emoções de forma assertiva com a realidade do momento.


Dica: Para enfrentar as tempestades da vida importa aceitar as lições que retiramos da própria vida. Através deste processo, podemos aprender a estar em paz com as ondas emocionais inevitáveis causadas pelo fato de estarmos vivos.

A vida é de extremos, por vezes é bipolar, e movida por opostos, por experiências antagónicas, permitindo-nos experimentar as delícias do amor e as amarguras do desgosto. Estamos fisiologicamente equipados para suportar as lutas e as dificuldades. Estamos igualmente emocionalmente equipados para desfrutar do amor e do sucesso. Estamos aqui para vivermos picos de alegria, e depois, por vezes, vivermos a experiência de dor. Nós estamos aqui para sentir o que é ser-se humano. 

SER HUMANO ENVOLVE TANTO DOR COMO ALEGRIA E AMOR

Como poderíamos saber o que é o frio se não experimentássemos o calor? Como poderíamos valorizar a alegria se não soubéssemos o que é a tristeza? O caminho que dista entre os opostos é o terreno fértil da nossa aprendizagem, e como tal, não há como fugir-lhe. Em determinado momento das nossas vidas os opostos irão fazer-se sentir e farão sentido. Não acredito que de forma saudável consigamos deixar de nos preocupar até determinado ponto, ou que consigamos não ficar abalados pelos momentos de adversidade nas nossas vidas. O abalo, a decepção, a tristeza, a angústia são tudo formas de dor emocional , e sentir isso representa a nossa condição humana. No entanto, o que pode abrandar, diminuir e apaziguar a dor emocional, o sofrimento e a angústia, é saber que isso é uma condição da vida, e como tal, saber aceitar permite enfrentar a natureza dos acontecimentos difíceis com paz de espírito. Com a noção de que se está a viver algo que faz parte da própria vida, e que todas as forças e recursos serão melhor aplicados na minimização dos danos causados, ou se possível no crescimento pós-traumático.

Dica: É importante lembrar-se de aceitar o fato de que o ser humano sente tanto a dor como a alegria e o amor.

Aceitar os abalos e a dor, nada tem a ver com gostar, mas sim com a ideia de encarar de frente a realidade dos acontecimentos, para que possa ficar numa posição mais capacitadora na procura de soluções. Abra a sua mente. Aceitar e focar-se na sua dor é igualmente sinônimo de olhar as suas dificuldades atuais por uma perspetiva positiva. Permita-se aceitar a sua situação atual. Investigue as suas dificuldades, e esforce-se para buscar o seu propósito de vida. Olhe profundamente para os acontecimentos negativos recorrentes na sua vida e de que forma emerge a sua frustração, qual a sua raiz e quanto contribui na ampliação do seu fardo. Até que a aceitação aconteça, a recorrência do sofrimento desmedido vai continuar.

Assim que você entenda que é importante abandonar o sofrimento quando este é prejudicial, uma transformação positiva toma lugar. Você vai perceber que apesar dos acontecimentos de impacto negativo continuarem a fazer disparar sentimentos negativos, estes não têm necessariamente de ser emocionalmente catastróficos. Você assume um determinado controle sobre a reação aos acontecimentos de natureza dolorosa. Você é a pessoa que decide o que sente relativamente ao que lhe acontece. E, se assim for, a sua dor emocional estará sempre enquadrada com o respetivo significado que o acontecimento tem para você. É você que decide sentir o sofrimento emocional, quando percebe que se justifica e que está ligado a um determinado significado atribuído. É um sofrimento consciente, justificado e em paz de espírito. Para aprofundar o assunto, leia: A verdadeira força está em compreender e aceitar a dor emocional.

Para refletir: Partindo da ideia descrita anteriormente, quando a pessoa aprende a surfar os abalos da vida, quando os sente, quando os enquadra e aceita, o fardo torna-se mais suportável e o coração é invadido por um forte sentimento de paz interior.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Marketing Motivacional. O que um simples elogio pode causar de impacto no seu planejamento estratégico e financeiro?


Não é a primeira vez que chego em uma empresa, cujo proprietário diz que fez um alto investimento em marca, mudou toda a linguagem da loja, fez novas embalagens, fez altos investimentos promocionais, mas não atingiu o objetivo esperado.

Pode ter certeza, aí tem um segredo! Outro dia, passei por um fato curioso. Levei meu carro para uma das oficinas mais tradicionais da cidade. Creio que seja a oficina que mais investe em comunicação. É respeitada e , ao longo dos seus 30 anos, ganhou a confiança da sociedade em geral. Levei o carro e pedi uma descarbonização, uma troca de filtro e uma troca de óleo. Aí, veio minha inocência. Afirmei para o atendente que eu não poderia ficar na oficina. Pedi o orçamento, que correspondia ao valor de R$ 350,00 pelo serviço completo, e marquei a hora de pegar o carro pronto. 17h, foi a hora que acordamos. Fui para o trabalho.

Na hora marcada voltei. Fui completamente surpreendido! O mecânico desmontou o motor do carro, alegando mil e um acertos e concertos, e o orçamento saltou de R$ 350,00 para R$ 3.200,00.

A primeira coisa que eu perguntei: - Senhor mecânico, o senhor já viu o comercial dessa oficina na televisão, que afirma ser uma “oficina de confiança e por um preço bem enconta”? Se é de confiança nunca, nunca o senhor poderia fazer qualquer serviço fora do acordado e sem minha prévia autorização.

Eu paguei caro por acreditar em uma empresa onde o RH caminha longe do marketing.

Hoje, os recursos humanos de qualquer instituição precisam começar a perceber o poder estratégico que têm, e pensar nos funcionários está além de análises de currículos, sobrepõe a composição de folhas de pagamentos, definição de férias e distribuição de benefícios trabalhistas, como os vales de alimentação e transporte.

O recursos humanos é um departamento de definição estratégica da empresa, pelo simples fato de que tudo o que se planeja estrategicamente são as pessoas que executam, seja os operários do chão de fábrica seja a linha de frente da empresa seja as equipes operacionais. Sem pessoas nada existe, e com pessoas desmotivadas e sem as informações necessárias, a empresa perde dinheiro e competência mercadológica.

Concordo com Rodd Wagner e James K. Harte (Livro: 12 Elementos da Gestão de Excelência), que dizem que o desempenho de uma empresa começa pelo ato mais básico: “ir trabalhar”. Hoje, o espírito protudivo e a vontade de estar na empresa está diretamente relacionada com impacto nos resultados estratégicos planejados.

Se as empresas pensarem bem nos valores que dedicam em demissões, o tempo de adaptação de cada funcionário, tempo de envolvimento, reconhecimento do comprometimento, analisariam melhor seus processos de contratação e iriam além do currículo para a escolha da formação da sua equipe.

Eu gosto muito de enfatizar nas empresas onde ando que, além dos investimentos promocionais, de propaganda e das ações de marketing que vamos desempenhar, qual será o valor destinado para investimentos motivacionais que serão destinados à equipe envolvida no processo.

David Rock, Jeffrey Schwartz e Miguel Nicolelis, em uma reportagem para HSM Management, citada na edição n° 93, do bimestre julho/agosto de 12, afirmam que: “A falta de reconhecimento no trabalho dói tanto quanto uma pancada na cabeça: o cérebro sente a exclusão e emite um impulso neural intenso que termina por prejudicá-lo. Esse entendimento científico, traduzido por estudos diversos do cérebro, está dando às empresas uma segunda chance: elas podem finalmente humanizar-se.”

É estratégico um ambiente produtivo onde a saúde mental seja traduzida de forma direta e determinante na vida das pessoas que trabalham e produzem nas empresas.

Esse é um grande segredo de empresas como a Cacau Show por exemplo. Quando se pergunta a Alexandre Tadeu da Costa qual um dos maiores segredos do sucesso da Cacau Show, ele afirma: Trate gente como gente (fonte: livro Uma trufa e mil lojas depois). Em seu livro, fala de todo trabalho que ele mesmo, o próprio, desenvolve para envolver a pessoa no processo da empresa. Sua aproximação, o ato de reconhecer as pessoas da equipe. Alexandre diz que ele mesmo tira uma hora do seu tempo semanal para se reunir com as pessoas de departamentos semanalmente escolhidos.

Sem falar, no envolvimento de toda a equipe nos resultados diretos da Cacau Show. Exemplo disso é o ritual, como ele mesmo fala, do despacho da última caixa de uma safra, exemplo: quando a última caixa dos ovos de páscoa sai da fábrica para o último franqueado, Alexandre reuni toda a equipe diante do caminhão e faz uma fila gigante onde a caixa sai da produção e vai de mão em mão até sua acomodação dentro do caminhão de entrega. Isso é sinergia, envolvimento direto, sensação de trabalho realizado. Todos acertaram. É simplesmente algo emocionante!

Esse é o espírito de uma empresa que sabe que existe para a satisfação de todos, dos acionistas até a sociedade em geral.

Com isso, a empresa passa a ganhar a cada dia um caráter bem definido de time. Onde as diferenças pessoais internas passam por uma melhor administração das emoções, e coloca todo a equipe focada nos maiores desafios que a empresa tem.

Investir em motivação é investir no minimizar perdas. Um funcionário desmotivado de uma empresa de aço, por exemplo, por descuido, já que a desmotivação causa descuido, falta de atenção e falta de comprometimento, pode matar ou morrer.

Pense nisso! Investir em marca, fazer grandes investimentos em propaganda e não dedicar valores para o investimento motivacional da equipe é um tiro no escuro. Uma equipe motivada retém todas as oportunidades que o mercado oferece e busca, a cada momento, atingir todas as metas e objetivos necessários para o melhor desempenho da empresa no mercado.

Vamos refletir!

Fábio Mesquita Torres
Publicitário da Grão Novo

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quando a beleza influencia no trabalho

Além dos capitais econômico, social e humano de todo indivíduo, estudo aponta o capital erótico como mais um componente qualitativo, que pode interferir nas relações de trabalho.



Poder de sedução e beleza, ao contrário do que muitos pensam, tem tudo a ver com as relações de trabalho. É o que afirma a inglesa Catherine Hakim, escritora do livro “Capital Erótico”. Segundo ela, historicamente, a beleza está entre os artifícios mais eficientes na conquistas de privilégios no trabalho e na vida - ainda que não tenha efeitos vitalícios.

Hakim, que é professora da London School of Economics, desenvolveu o conceito de ‘capital erótico’, que envolve, além da beleza física, qualidades como charme, elegância, desenvoltura e sensualidade. O estudo inclui, por exemplo, os percentuais de vantagens salariais alcançados pelos mais atraentes, nos Estados Unidos e Canadá.

No livro, a cientista constata que a beleza pode ser mais um atributo que contribui para o alcance do sucesso nos negócios e na carreira. Contudo, para outros especialistas, ela também pode trazer efeitos indesejados e negativos.

A primeira vista:

Para o consultor empresarial Kléber Leite, da Bratt Consultoria, diferente dos capitais social, humano e até econômico, o capital erótico “é temporário, infelizmente. Enquanto os outros capitais vão crescendo e se somando, a beleza física, naturalmente, desaparece”.

Segundo ele, a beleza acaba sendo requisito ou diferencial em seleções de funções que trabalham direto com o público. Como recepcionistas, modelos, vendedores, apresentadores.

De acordo com Leite, apesar de subjetivo, muitos cargos tem perfis específicos do belo ideal. “Vai depender do perfil solicitado para onde você vai atuar. Se vai trabalhar como aeromoça, a empresa quer pessoas altas, de porte atlético. Isso é um requisito. Já para Valéria Mota, gerente executiva de seleção da Mrh, “boa aparência e apresentação acabam sendo confundidas com beleza”.

Em sua visão, algumas características de aparência, de fato, dizem respeito a beleza. Por isso, em qualquer área de atuação, cuidado com a imagem que se transmitem ao receptor podem contribuir para os objetivos de trabalho.

Pesquisadora no campo da sexualidade, Jussara Mapurunga, psicanalista professora de psicologia da Unifor, afirma que “no mercado capitalista, onde a imagem é levada a ferro e fogo, a beleza ajuda a marcar presença e passar, através da imagem, indícios de competência e capacidade. Mas a questão da postura, ética e comportamental, também são aspectos relevantes. É o princípio de saber conduzir a própria imagem”.

Efeitos colaterais

Por outro lado, o belo também tem seus ônus, atraindo ou provocando transtornos, especialmente em conflitos éticos. Sendo alvo de assédios, preconceitos, perseguições ou bullying empresarial e até atraindo atenção excessiva e indesejada.

“As pessoas bonitas podem utilizar a beleza para conquistar posições na empresa, o que gera no ambiente insatisfação. Por isso, muitas empresas estão voltando a usar fardas, coisa que estava no passado. Isso é para igualar, diante dos casos de quem não sabe se portar. Pessoas que provocam para ganhar dinheiro ou posições”, explica Leite.

Também existe, segundo Jussara, a concepção de que alguém não pode ser belo e competente. “Você não pode se culpabilizar pela sua beleza. Pois só vai desenvolver o talento e continuar belo se investir nisso. Se você tiver o mesmo currículo de um outro candidato, mas tiver uma desenvoltura, simpatia, assertividade, a vaga é sua”.

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/empregos/2013/02/09/noticiaempregosjornal,3002784/quando-a-beleza-influencia-no-trabalho.shtml

Para uma vida mais organizada e ganhar mais tempo para fazer o que quiser. Você não pode perder o Mundo Mulher de março.

Click na imagem para ampliar e confira hora, local e o tema que casa direitinho com a nossa vida moderna. Venha e fale para suas amigas e familiares. Você não pode perder!



EDUCAÇÃO ABRE PORTAS... GENTILEZA DEIXA ABERTA!


Lendo uma matéria, veiculada em um jornal local, me chamou muita atenção, quanto no título: “Profissionais Gentis tem mais Visibilidade em sua área”. Costumo dizer que a educação abre portas, mas que a gentileza, junta com a simpatia, deixa abertas.

Observe ao seu redor e pare um pouco para ouvir as gentilezas ou as faltas delas no seu dia a dia.

Quem já não entrou em uma loja e sem nenhuma intenção de comprar, mas......”bom dia senhora, posso lhe ajudar, quer que eu guarde a sua bolsa... fique a vontade... e saiu com uma sacola da loja? Ou vai passando em frente a um magazine e uma vendedora dá um sorriso, tão largo , que você volta, entra e compra?

“Assim como o sol derrete o gelo, a gentileza evapora mal entendidos, desconfianças e hostilidade” Albert Schweitzer

“Nunca é cedo para uma gentileza, porque nunca se sabe quando poderá ser tarde demais” Ralph Waldo Emerson

Agora o difícil é esquecer uma falta de gentileza ou educação.... já relatam as pesquisas, que o negativo atinge muito mais gente do que o positivo. Mas poderia ser o contrário, concordas?

Hoje a educação conta como um diferencial mercadológico, sabe como: em uma entrevista de trabalho de uma colega, houve a entrevista, a avaliação do currículo, a aplicação de dinâmicas e outra entrevista com um diretor da empresa e finalmente uma última fase da seleção , os candidatos, dois últimos selecionados, tinham que almoçar com um diretor da empresa.

O comportamento à mesa, o sair e entrar de um ambiente, o conhecimento de algumas iguarias e ou bebidas até as palavrinhas mágicas: Obrigada, pois não, com licença, bom-dia/tarde/noite..., fazem parte da educação.

O gentil no trabalho e nas relações sociais, se destacará, porque permite às pessoas a sua volta se sentirem mais à vontade.

Quando estamos calados, pode observar e ter a certeza que quem fala é a nossa imagem, é a nossa comunicação não-verbal, como por exemplo: os gestos, o sorriso, nossas vestimenta e por ai vai.

A psicóloga Sionara Wouters atesta que, assim como um ambiente de mau humor modifica o comportamento das pessoas, o bom humor e a simpatia também são capazes de se disseminar.

Então devemos cuidar das pessoas, como gostaríamos de ser tratados, é um jargão antigo, mas que não sai de moda.

PRATIQUE A GENTILEZA, pois além de fazer bem a quem faz, é um antídoto que irá contribuir muito para quem recebe.

SEJA OU PROCURE SEMPRE SER EDUCADA, a sociedade como um todo agradece.

Pense que cada dia que passa, podemos acrescentar e aprender algo novo e melhorar ainda mais esse ser maravilhoso que é você!

Por Madalena Mattos

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Capital erótico: já descobriu como usar o seu?

A polêmica escritora inglesa Catherine Hakim está tirando o sono das feministas com seu livro "Capital Erótico". Descubra por quê!

      Glamour adverte: não cruze as pernas como Sharon Stone em 
      Instinto Selvagem (Foto: Everett Collection)

Para algumas mulheres, chique é ser inteligente. Para a polêmica escritora inglesa Catherine Hakim, autora do livro Capital Erótico, inteligente é ser chique, bonita e abusar dessas qualidades para seduzir Deus e todo mundo. “As espertas usam seucapital erótico, um mix de beleza, sex appeal e carisma para subir na vida. E isso é legítimo!”, disse ela em entrevista exclusiva para a Glamour Brasil. Calma, ninguém está dizendo para você sair por aí cruzando pernas à la Instinto Selvagem numa entrevista de emprego!

O sexo nunca desempenhou um papel tão importante na vida moderna, e o mundo nunca foi tão sexual. Nesse contexto, saber seduzir é uma vantagem competitiva e tanto. É por isso que o livro de Hakim é tão polêmico. Para ela, mulher esperta é aquela que usa seu capital erótico para subir na vida. Trocando em miúdos, sua promoção não depende daquela pós-graduação ou de aprender a falar mandarim fluentemente, mas de como você vai explorar sua atratividade. Confira aqui o nosso bate-papo com a expert:

Glamour: Afinal, como a gente pode tirar proveito máximo do nosso capital erótico? 

Catherine Hakim: Reconhecendo que exercitar o capital erótico não é algo superficial ou aproveitador. É real, tem valor.

Glamour: A gente pode concluir que investir no visual pode trazer tanto retorno profissional quanto fazer uma pós-graduação?

Catherine Hakim: Sim e não. É claro que estudar ajuda, mas a verdade nua e crua é que a maioria das pessoas do mundo não vai chegar à faculdade. Quer um cargo de respeito no seu trabalho? Vá à academia, tenha boas maneiras à mesa e fora dela e nunca, saia de casa sem maquiagem.

Glamour: O mau aproveitamento do capital erótico é algo universal, globalizado? Ou a cultura do país influencia?

Catherine Hakim: O Brasil tem uma das culturas que mais valorizam o capital erótico porque não tem tantos tabus em relação à sexualidade. Existe mais aceitação da troca de dinheiro por forma, beleza e charme.

Glamour: "Tudo o que uma mulher quer é um homem rico" É o que a senhora vive dizendo. Polêmico, não?

Catherine Hakim: Sim, mas é fato. Homens bem-sucedidos não se importam em se relacionar com mulheres que ganhem ou tenham estudado menos que eles. Já mulheres na mesma situação não suportam nem sequer beijar homens com menos recursos que elas. No fundo, por mais que as mulheres tenham bons cargos e salários altos, o que elas ainda mais desejam é um homem que ganhe mais que elas.

Ah, você ainda tem dúvidas sobre a teoria? Então surpreenda-se! Veja o exemplo dessas superpoderosas: